Cultura

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Aos 101, ela relembra seu mestre: o extraordinário pintor Guignard

“Ele foi meu mestre. Meu único mestre.” Em tom de reverência, respeito e admiração – muita admiração! –, a artista plástica mineira Maria Helena Andrés se refere a Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), pintor e professor que entrou para a história com seu talento e se tornou conhecido pelas obras e pelo último sobrenome. Aos 101 anos e ainda produtiva, dedicando-se aos desenhos e colagens, Maria Helena só tem a agradecer ao pioneiro da Escola Guignard, em Belo Horizonte, instituição de oito décadas na qual se formaram várias gerações de brasileiros – a aula inaugural foi em 30 de março de 1944

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Chega às livrarias obra que Garcia Marquez queria queimar

Ao levar adiante a publicação póstuma de “Em agosto nos vemos”, obra inédita de Gabriel García Márquez (1927-2014) que chega hoje, dia em que o escritor completaria 97 anos, às livrarias de todo o planeta, os herdeiros tiveram que desobedecer uma ordem expressa do Nobel de Literatura colombiano.

Antes de morrer, Gabo deixou claro para a família que faltava qualidade ao romance e que seus originais deveriam ser queimados.

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Rustin, o belo filme da Netflix indicado ao Oscar

Baseado em fatos reais, o filme “Rustin” estreou na Netflix em novembro de 2023 e, assim como seu personagem principal, ganhou pouco destaque na mídia. Conheça a história, o elenco e mais detalhes sobre o longa-metragem “escondido” na plataforma de streaming e que voltou à tona após receber uma indicação ao Oscar de 2024.

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Fugindo do carnaval? Cinco filmes para ver na TV

Não vai viajar e pretende fugir da folia dos blocos de rua deste carnaval? O Estadão selecionou uma lista de cinco filmes mais assistidos nas plataformas de streaming para quem estiver procurando dicas do que ver neste feriado.

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Velhos e adolescentes trabalham juntos

Para começar, achei o nome do projeto ótimo: “Mind the gap”. A expressão é utilizada no metrô para que os passageiros prestem atenção no vão entre o trem e a plataforma, mas, nesse encontro entre adolescentes e idosos, significa ter consciência da distância que separa gerações sem deixar que isso impeça a aproximação.

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Documentário mostra como golpista abusa de bilionária

Se você quer assistir a um documentário – três capítulos – de impacto, algo que vai fazer você pensar, veja na Netflix “A Bilionária, o Mordomo e o Namorado”, sobre como a mulher mais rica do mundo, Liliane Bettencourt, dona da indústria de cosméticos francesa L’Oreal, foi trapaceada pelo fotógrafo de celebridades François-Marie Banier, num golpe que fez com que a herdeira o presenteasse, ao longo dos anos, com cerca de um bilhão de euros – em torno de seis bilhões de reais.

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Carlos Drummond dá sua ‘Receita de Ano Novo’

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

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A história do nascimento de Cristo através do cordel

É um cordel contando a história do Natal, uma adaptação utilizando símbolos nordestinos. Quem já viu vai gostar de ver de novo. Quem ainda não viu não pode perder. O texto e a locução são de Euriano Sales. Pode-se até discordar das explicações dele, mas não há como negar que, como cordelista, Euriano é muito bom

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E será Natal para sempre – Carlos Drummond de Andrade

Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.

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“Cheguei no alto da montanha e estou contemplando”

Marina Colasanti acaba de completar 86 anos. Lê mais do que escreve, flutua entre o mundo polarizado, prefere o presente ao passado – apesar dos golpes da vida. Quando conversou com o Estadão no seu aniversário de 80 anos, em 2017, a escritora, que é uma das mais importantes do País, falava com uma espécie de sensação de missão cumprida: não tinha medo da morte, porque as filhas estavam bem e criadas. Mas então o inimaginável aconteceu, e Fabiana, sua primeira filha, morreu no início de 2021, nove meses depois de descobrir um câncer.